
Você já imaginou como seria viver em um mundo em que você enxerga tudo em preto e branco, notando apenas as pequenas diferenças de luminosidade dos ambientes? Essa é a realidade de quem tem acromatopsia, um distúrbio que afeta algumas células da retina e não tem cura.
A retina é a parte dos nossos olhos que tem a função de captar a luz que entra no globo ocular e enviá-la ao cérebro para que ele processe e entenda o que é visto. Ela é formada por estruturas fotorreceptoras complexas como os cones, que são células localizadas no centro da retina e responsáveis pelo reconhecimento das cores e altas intensidades luminosas, e os bastonetes, ligados à visão noturna e periférica.
A acromatopsia, também conhecida como cegueira das cores, é um problema que afeta justamente os cones, e é causada especialmente por mutações genéticas. Quando essas mutações ocorrem, os cones perdem sua função e a visão passa a depender apenas dos bastonetes.
Vale a pena lembrar que os prejuízos na estrutura dos cones podem ser parciais ou completos, afetando a compreensão das cores em diferentes graus. Na acromatopsia completa os cones não funcionam, fazendo com que a pessoa enxergue apenas preto, branco e tons de cinza. Já na incompleta há um funcionamento residual, levando o paciente a ver as cores de forma limitada.
Em alguns casos, a acromatopsia pode causar, ainda, o aumento de sensibilidade à luz, chamado de fotofobia, movimentos irregulares descoordenados e involuntários, redução na acuidade visual, hipermetropia e miopia. Como esse problema dá sinais desde a infância, é importante fazer o acompanhamento oftalmológico desde o início da vida (e regularmente)! Apesar de não ter cura, é possível utilizar óculos especiais que minimizam parte dos sintomas e melhoram a qualidade de vida.
Fonte: U.S. National Library of Medicine.