
Exame de fundo de olho? Calma, é mais simples do que você está imaginando!
Este exame serve, basicamente, para verificar o estado da região do fundo do olho, como o próprio nome já diz: a retina e o vítreo. Permite a visualização das vasos sanguíneos e terminações nervosas, provendo o diagnóstico e a prevenção de várias doenças, como a hipertensão arterial, diabetes, anemia e doenças oculares como o glaucoma e a catarata.
O QUE É EXAME DE FUNDO DE OLHO?
Também chamado de FUNDOSCOPIA ou de OFTALMOSCOPIA, este exame é responsável por avaliar estruturas da região do fundo do olho, atentando-se principalmente para o nervo óptico, os vasos retinianos (artérias, veias e capilares) e a retina propriamente dita, especialmente sua região central, denominada mácula.
Historicamente, este exame é realizado desde 1851, quando o médico, matemático e físico Hermann von Helmholtz inventou o primeiro oftalmoscópio. Sendo então, um divisor de águas na oftalmologia e no elo entre esta área e os demais ramos da medicina. Este aparelho funciona através da projeção de luz, que vem do oftalmoscópio, diretamente no interior do olho, e a partir desta reflexão dessa luz na retina é possível observar essas estruturas.
COMO FUNCIONA ESTE EXAME?
Na verdade existem dois tipos de fundoscopia:
• DIRETA: em que a imagem obtida é ampliada em até 15 vezes, porém tem um campo de visão restrito;
• INDIRETA: que proporciona uma imagem com ampliação menor, mas tem uma visualização mais ampla da retina, evidenciando-se até sua periferia.
A oftalmoscopia direta é muito usada pelos clínicos gerais pois o aparelho é simples e portátil. Já a oftalmoscopia indireta é, geralmente, restrita ao médico oftalmologista, e depende de equipamentos mais complexos.
PARA QUEM É INDICADO ESTE EXAME?
A realização deste exame, principalmente oftalmoscopia direta, por não ser invasiva, é feita periodicamente em diversos indivíduos que têm doenças crônicas, como hipertensão arterial e diabetes, ou que são predispostos a desenvolvê-las, especialmente se tem mais de 40 anos. Mas isso depende do problema e da condição da saúde de cada paciente, sendo determinada pelo clínico geral e oftalmologista.
No entanto, destaca-se que o exame de fundo de olho pode trazer informações importantes em indivíduos de todas as idades. Por mais que seja mais comum em adultos, também pode ser realizado em recém-nascidos prematuros e cujas mães tiveram infecções durante a gestação, por exemplo.
Nos casos dos bebês, o exame de fundo de olho é importante para diagnosticar a presença de tumores como o retinoblastoma, infecções como toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e sífilis, além de doenças como a retinopatia da prematuridade, doença relacionada à formação dos vasos da retina que pode levar à cegueira.
Já com relação aos adultos, este exame é fundamental para o diagnóstico precoce de diversas doenças oculares, entre elas o GLAUCOMA por exemplo. As alterações relacionadas ao envelhecimento, principalmente a DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE, também são avaliadas neste teste. Além disso, a fundoscopia também é importante no acompanhamento e diagnóstico de outras especialidades médicas, como a neurologia. Em outras doenças sistêmicas, tais quais hipertensão arterial ou diabetes, traz informações sobre a situação vascular subjacente.
- Ficou com alguma dúvida ou precisa de alguma orientação? Estou à disposição para te ajudar! Entre em contato e marque um atendimento. - Fontes: Dr. Pedro Pinheiro, MD Saúde, “Exame de Fundo de Olho – o que é e como é feito”.